quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Pinheirinho(s)


Entristece-me o que vem ocorrendo em Pinheirinho. Uma desocupação que massacrou a população local, violentando direitos dos moradores por interesses obscuros que desconsideraram a condição humana dos habitantes da região. A palavra “direito” é muito ampla e me pergunto dos tais direitos violados. Balas de borracha, cassetetes, armas, agressão corporal são violações óbvias, que nos revoltam imediatamente ao primeiro olhar, à primeira triste notícia. Mas há quanto tempo tais moradores não vêm sendo desprovidos de seus direitos básicos, como o da moradia?

As notícias de Pinheirinho me fazem pensar nos outros tantos pinheirinhos que são massacrados, cotidiana e silenciosamente. Dos indivíduos que vêm sendo violentados constantemente pelo Estado e por parte da população, com uma agressão silente que, para os menos atentos, se torna invisível, tácita, deixando apenas um ar pesado. O desviar de um olhar a uma pessoa faminta não fere direitos humanos? A desconsideração do outro não caracteriza também uma violação?

Quando vamos mudar nosso olhar e enxergar que estamos numa posição muito mais próxima um dos outros do que parecemos ou acreditamos estar? O que são os títulos, cargos, pertences que nos separam numa hierarquia massificante? E como se não bastasse, somos separados também pela casa própria, pela escola, pela comida ou pela fome. E se nada fazemos para o outro, como construir uma vida plena em sociedade?

Estamos constantemente nos alienando da realidade, em busca de uma vivência que se sacie exclusivamente no eu, no consumo e no cotidiano viciado. Com isso, passamos fome de humanidade, como retirantes solitários. Vivemos numa sociedade doente que precisa mudar seu olhar e forma de viver, aprendendo a ter fé no outro e em si, para buscar melhorias comuns. É preciso sensibilizar-se com Outro, por meio de um olhar verdadeiramente humano, para saciarmos com vida essa fome de esperanças.


Quadro: Jurisprudência - Klimt

domingo, 22 de janeiro de 2012

Oito meses depois...

Tupi or not tupi, that is the question.


Foram 8 meses de ausência, mas não de inatividade...

Nesse meio tempo, aconteceram encontros, leituras, debates, planos, e alguma falta de tempo para postar...

De mais relevante, ressaltamos o III Encontro Internacional da Casa Warat, que ocorreu em Goiás, no mês de novembro de 2011. Foi um momento de estreitamento de laços, reflexão e debates sobre as ideias waratianas, sensibilização e compartilhamento, descoberta de afinidades, amadurecimento e renovação de ideais.


Foi um passo importante para a estruturação da Casa Warat São Paulo, que traz como novidade ser a sede do IV Encontro, em 2012, que se realizará nesta cidade que não é feita apenas de concreto, mas também de amor e poesia!

Hoje começaram os preparativos para o esperado evento, que terá como mote a comemoração dos 90 anos da Semana de Arte Moderna de 1922.



Nossa "promessa de Ano Novo" é manter o blog atualizado com novos textos e uma agenda de atividades para a participação de novos interessados.

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Nos vemos em breve!!