domingo, 20 de março de 2011

Ata literária da fundação CWSP



ATA LITERÁRIA (OU PEQUENO-GRANDE MANIFESTO) DE FUNDAÇÃO DA CASA WARAT SP

São Paulo, 12 de fevereiro de 2011.

Numa ilha verde em meio à visão de uma metrópole opressora, Leopoldo, o irmão argentino mais brasileiro e, quem sabe, baiano, Jaque e Levy, duas individualidades que se somam nas diferenças, Mariana e André, duas diferenças que se multiplicam em infinitas possibilidades de cores, amores e ideias, reuniram-se com uma única certeza: de que uma avenida não é feita apenas de concreto, mas também de amor, loucura e poesia.

Cansados de se sentirem sozinhos em meio à multidão indiferente, do esquecimento dos outros, das reificações e imediatismos, das artificialidades e automatismos, da renúncia de si, que contamina as relações entre as pessoas com um imperativo de pressa.

Cansados das passividades, de um desespero intoxicante, da falta de ar, de um cotidiano cinza, e dos conselhos que apontam que a saída está na aceitação das avenidas anestesiadas de normas e regras, que conduzem a um agir no qual se esquece da vida que se sente.

Cansados da papelização das pessoas, da processualização das dores, da protocolização da vida, pensaram na utopia de uma ilha flutuante que pode chegar a muitos portos, por muitos caminhos. Uma ilha que pode deixar de ser ilha e plasmar territórios de música, arte, intervenções urbanas, para produzir lugares livres que se fundam na liberdade criativa dos outros.

Aquele lugar onde esse pequeno grupo se reuniu era também um oásis. Um oásis iluminado a velas que desapareciam no ar. Um oásis mágico, em que a selva de concreto, de repente, tornara-se verde. Lá, incrivelmente, fazia frio em pleno verão. E lá dançaram até catala e trégua, e brindaram com um drink de fernet portenho.

E foi lá, num rizoma tão fecundo, que essa Casa, mais uma Casa nômade, começou a brotar.

Lembraram daquela cidade cinza recortada, daquele lugar que pedia socorro ao mesmo tempo que mostrava que todos estavam SÓS.

E nele colaram flores coloridas, muitas flores. E viram cronópios, aqueles bichinhos verdes e úmidos, parecidos com micróbios, que se empolgam ao cantar e são atropelados, perdem o que levam nos bolsos e deixam as lembranças soltas pela casa... E quando chegam numa cidade desconhecida, os trens já partiram, os táxis não querem levá-los, chove a cântaros, e mesmo assim eles sonham que na cidade há grandes festas e que eles foram convidados, e acordam felizes.

Viram que a cidade gris poderia ter muitas cores, poderia ter novamente realçadas as suas sutilezas.

Viram que nela poderia haver abraços. Repararam que há beijos bem em frente às Arcadas e se lembraram que é sim possível inscrever o amor no poder.

Viram que a luta continua.

Perguntaram-se, então, do porquê do oásis. Não seria fechado demais? Exclusividade demais? Não seria um encastelamento, um ressoar contido? Não estaria, assim, comprometido o poder emancipatório das idéias nele (trans)formadas?

Foi assim porque a Casa Warat é um espaço mágico. Não foram até o oásis, ele simplesmente formou-se diante dos olhos esperançosos, sem que se dessem conta. Foi assim, mágico, porque é assim que é. E foi assim ao longo de quatro dias em que estiveram juntos.

Porque foram dias em que viveram aquela mesma cidade cinzenta de sempre, de uma forma tão intensa, que aqueles quatro paulistanos sentiram-se noutra cidade. E, ao final, todos tinham incrivelmente a mesma sensação: eram eles que viajavam, e não o seu querido irmão argentino, que revia São Paulo depois de tantos anos e a redescobria.

E naquela cidade cosmopolita viveram o Brasil e nela deram a volta ao mundo em 04 dias.

Sim, foi mágico, porque assim que é. Mas disso não se fala, sente-se. Vive-se e ponto. E é isso que eles querem mostrar.

Foi mágico, porque na cidade do caos, os caminhos subitamente apareciam, as vagas para estacionar brotavam logo à frente. Os semáforos estavam sempre amarelos. O material de trabalho simplesmente aparecia, assim como as idéias e os sentimentos em comum. Tudo fluía. Até a esperança aparecia - não aquela de que falava Cortázar, mas sim a do insetinho verde que costumam dizer que traz sorte.

Foi num oásis, porque na cidade do caos é necessário buscar um lugar em que se possa, simplesmente, parar.

Parar para respirar e lembrar que se têm pulmões que se podem encher profundamente de ar. Para sentir-se a si mesmo. Para ter paciência e viver um outro tempo, um outro ritmo. Parar e lembrar de sentir o corpo que se tem. E que ele pode se relacionar com os outros num sorriso, num abraço, em palavras de cuidado, num beijo, num olhar fraterno. E até mesmo num silêncio. Parar porque todos estão aqui e são indiferentes uns aos outros. E entre eles é como se houvesse barreiras, degraus invisíveis, que se proliferam, que contaminam, que afastam e anestesiam.

Somente num oásis, vivendo um outro tempo dentro do tempo, é que se torna possível olhar para dentro de si e dos outros.

Mas que fique claro que esse oásis, ou ilha flutuante, está aberto a quem quiser. A quem puder se deixar levar pelos sentimentos verdadeiros da essência humana. A quem conseguir deixar de lado toda essa prisão metódica que nos prende feito escravos... Entubando toda a cor descoberta e existente em potes hermeticamente fechados.

Queremos, então, o estardalhar dos vidros. Que respinguem as cores mil em cima dos mapas rasgados da cidade que não pára. Que nos faça sangrar o sentimento verdadeiro, inundando o calar silente pelo grito d’alma. Queremos expandir o espaço, ampliando as dimensões daquilo que se sente, daquilo que se vê. Do abraço.

Esse oásis, ou ilha flutuante, não se encerra em si mesmo. Deve expandir-se para além dos limites que o tornam oásis. Deve ampliar-se para além-mar de nosso mundo, de nossas barreiras. Deve inundar de um verde vivo, pulsante. Expandir-se para além dos limites desse delírio, utopia, sonho.

Mas com o que sonhamos?

Sonhamos com um cotidiano em que podemos deixar de ser famas para nos assumirmos como cronópios, seres desorganizadores, que vivem não de lembranças e regras rígidas que, cartesianamente, ordenam uma vida de mesmices seguras, mas de impulsos verdadeiros, do sentimento bruto e vivo.

Sonhamos em medir o tempo com o cuidado que merece o tempo – não o cuidado de dar corda em um relógio, mas com o cuidado de quem aprecia uma alcachofra folha por folha e, ao final, não vê encerrado um ciclo, terminado um caminho ou morta a esperança, mas sim um delicioso coração, que se pode comer com azeite, vinagre e, por que não, com chimichurri!

Sonhamos com uma pedagogia que rechace toda forma de reprodução de poder. Uma pedagogia do novo que não discrimina a diferença e que não faz do ensinamento egoísta uma finalidade no interior de relações de adulação fingida, de criatividades mortas, de discursos fundados no morrer cotidiano da esperança.

Desejamos o retorno ao desejo como fundamento para uma educação que não ordene verdades enclausuradas, mas que sussurre a libertação das verdades instituídas. Uma permanente tensão das fronteiras do saber rumo não a uma vulgarização do conhecimento, mas a descobertas de novas potencialidades, que podem estar silentes dentro de cada um de nós, ou, quem sabe, no sonho de um irmão ou na afetação estética provocada por uma irresignação de um fato da vida.

Desejamos conhe-ser diferente.

Na abertura ao diferente, que supera a previsibilidade pré-estabelecida e a segurança enjaulada. A possibilidade de surpreender-se no outro e nele se diluir. Permitir o seu devir em nós mesmos, de modo a garantir não uma experiência segura ou assegurada, mas correr o risco da suspensão de si mesmo.

Na abertura das cascas sedimentadas na desolação. No cair dos muros construídos, na redescoberta da essência humana. E que tal espírito vivo nos oriente frente às tragédias de um mundo doente de coração. Que nos permita enxergar, pois, o sentido para o prolongar da vida, de forma autêntica, sem a diluição ilusória do cotidiano.

E, finalizando (ou começando?), vamos “todos juntos!”... seguindo... fluindo... amando... buscando... tentando... Venham todos! Vamos juntos no bloco do “Custa, mas vai!”, que de forma carnavalizada e paulistana, parece sintetizar o nosso desafio e aquilo que nos une:


"Nós somos na Terra o grande milagre do amor:
E, embora tão diversa a nossa vida,
Dançamos juntos no carnaval das gentes,
Bloco pachola do "Custa mas vai".
E abre alas que eu quero passar!"
(Mário de Andrade, CLÃ DO JABUTI)

sábado, 12 de março de 2011

Manifesto Antropófago


Só a Antropofagia nos une. Socialmente. Economicamente. Filosoficamente.

Única lei do mundo. Expressão mascarada de todos os individualismos, de todos os coletivismos.

De todas as religiões. De todos os tratados de paz.

Tupi, or not tupi that is the question.

Contra todas as catequeses. E contra a mãe dos Gracos.

Só me interessa o que não é meu. Lei do homem. Lei do antropófago.

Estamos fatigados de todos os maridos católicos suspeitosos postos em drama. Freud acabou com o enigma mulher e com outros sustos da psicologia impressa.

O que atropelava a verdade era a roupa, o impermeável entre o mundo interior e o mundo exterior. A reação contra o homem vestido. O cinema americano informará.

Filhos do sol, mãe dos viventes. Encontrados e amados ferozmente, com toda a hipocrisia da saudade, pelos imigrados, pelos traficados e pelos touristes. No país da cobra grande.

Foi porque nunca tivemos gramáticas, nem coleções de velhos vegetais. E nunca soubemos o que era urbano, suburbano, fronteiriço e continental. Preguiçosos no mapa-múndi do Brasil.

Uma consciência participante, uma rítmica religiosa.

Contra todos os importadores de consciência enlatada. A existência palpável da vida. E a mentalidade pré-lógica para o Sr. Lévy-Bruhl estudar.

Queremos a Revolução Caraíba. Maior que a Revolução Francesa. A unificação de todas as revoltas eficazes na direção do homem. Sem nós a Europa não teria sequer a sua pobre declaração dos direitos do homem.

A idade de ouro anunciada pela América. A idade de ouro. E todas as girls.

Filiação. O contato com o Brasil Caraíba. Ori Villegaignon print terre. Montaigne. O homem natural. Rousseau. Da Revolução Francesa ao Romantismo, à Revolução Bolchevista, à Revolução Surrealista e ao bárbaro tecnizado de Keyserling. Caminhamos..

Nunca fomos catequizados. Vivemos através de um direito sonâmbulo. Fizemos Cristo nascer na Bahia. Ou em Belém do Pará.

Mas nunca admitimos o nascimento da lógica entre nós.

Contra o Padre Vieira. Autor do nosso primeiro empréstimo, para ganhar comissão. O rei-analfabeto dissera-lhe: ponha isso no papel mas sem muita lábia. Fez-se o empréstimo. Gravou-se o açúcar brasileiro. Vieira deixou o dinheiro em Portugal e nos trouxe a lábia.

O espírito recusa-se a conceber o espírito sem o corpo. O antropomorfismo. Necessidade da vacina antropofágica. Para o equilíbrio contra as religiões de meridiano. E as inquisições exteriores.

Só podemos atender ao mundo orecular.

Tínhamos a justiça codificação da vingança. A ciência codificação da Magia. Antropofagia. A transformação permanente do Tabu em totem.

Contra o mundo reversível e as idéias objetivadas. Cadaverizadas. O stop do pensamento que é dinâmico. O indivíduo vítima do sistema. Fonte das injustiças clássicas. Das injustiças românticas. E o esquecimento das conquistas interiores.

Roteiros. Roteiros. Roteiros. Roteiros. Roteiros. Roteiros. Roteiros.

O instinto Caraíba.

Morte e vida das hipóteses. Da equação eu parte do Cosmos ao axioma Cosmos parte do eu. Subsistência. Conhecimento. Antropofagia.

Contra as elites vegetais. Em comunicação com o solo.

Nunca fomos catequizados. Fizemos foi Carnaval. O índio vestido de senador do Império. Fingindo de Pitt. Ou figurando nas óperas de Alencar cheio de bons sentimentos portugueses.

Já tínhamos o comunismo. Já tínhamos a língua surrealista. A idade de ouro.

Catiti Catiti

Imara Notiá

Notiá Imara

Ipeju

A magia e a vida. Tínhamos a relação e a distribuição dos bens físicos, dos bens morais, dos bens dignários. E sabíamos transpor o mistério e a morte com o auxílio de algumas formas gramaticais.

Perguntei a um homem o que era o Direito. Ele me respondeu que era a garantia do exercício da possibilidade. Esse homem chamava-se Galli Mathias. Comia.

Só não há determinismo onde há mistério. Mas que temos nós com isso?

Contra as histórias do homem que começam no Cabo Finisterra. O mundo não datado. Não rubricado. Sem Napoleão. Sem César.

A fixação do progresso por meio de catálogos e aparelhos de televisão. Só a maquinaria. E os transfusores de sangue.

Contra as sublimações antagônicas. Trazidas nas caravelas.

Contra a verdade dos povos missionários, definida pela sagacidade de um antropófago, o Visconde de Cairu: – É mentira muitas vezes repetida.

Mas não foram cruzados que vieram. Foram fugitivos de uma civilização que estamos comendo, porque somos fortes e vingativos como o Jabuti.

Se Deus é a consciênda do Universo Incriado, Guaraci é a mãe dos viventes. Jaci é a mãe dos vegetais.

Não tivemos especulação. Mas tínhamos adivinhação. Tínhamos Política que é a ciência da distribuição. E um sistema social-planetário.

As migrações. A fuga dos estados tediosos. Contra as escleroses urbanas. Contra os Conservatórios e o tédio especulativo.

De William James e Voronoff. A transfiguração do Tabu em totem. Antropofagia.

O pater famílias e a criação da Moral da Cegonha: Ignorância real das coisas + fala de imaginação + sentimento de autoridade ante a prole curiosa.

É preciso partir de um profundo ateísmo para se chegar à idéia de Deus. Mas a Caraíba não precisava. Porque tinha Guaraci.

O objetivo criado reage com os Anjos da Queda. Depois Moisés divaga. Que temos nós com isso?

Antes dos portugueses descobrirem o Brasil, o Brasil tinha descoberto a felicidade.

Contra o índio de tocheiro. O índio filho de Maria, afilhado de Catarina de Médicis e genro de D. Antônio de Mariz.

A alegria é a prova dos nove.

No matriarcado de Pindorama.

Contra a Memória fonte do costume. A experiência pessoal renovada.

Somos concretistas. As idéias tomam conta, reagem, queimam gente nas praças públicas. Suprimamos as idéias e as outras paralisias. Pelos roteiros. Acreditar nos sinais, acreditar nos instrumentos e nas estrelas.

Contra Goethe, a mãe dos Gracos, e a Corte de D. João VI.

A alegria é a prova dos nove.

A luta entre o que se chamaria Incriado e a Criatura – ilustrada pela contradição permanente do homem e o seu Tabu. O amor cotidiano e o modus vivendi capitalista. Antropofagia. Absorção do inimigo sacro. Para transformá-lo em totem. A humana aventura. A terrena finalidade. Porém, só as puras elites conseguiram realizar a antropofagia carnal, que traz em si o mais alto sentido da vida e evita todos os males identificados por Freud, males catequistas. O que se dá não é uma sublimação do instinto sexual. É a escala termométrica do instinto antropofágico. De carnal, ele se torna eletivo e cria a amizade. Afetivo, o amor. Especulativo, a ciência. Desvia-se e transfere-se. Chegamos ao aviltamento. A baixa antropofagia aglomerada nos pecados de catecismo – a inveja, a usura, a calúnia, o assassinato. Peste dos chamados povos cultos e cristianizados, é contra ela que estamos agindo. Antropófagos.

Contra Anchieta cantando as onze mil virgens do céu, na terra de Iracema, – o patriarca João Ramalho fundador de São Paulo.

A nossa independência ainda não foi proclamada. Frape típica de D. João VI: – Meu filho, põe essa coroa na tua cabeça, antes que algum aventureiro o faça! Expulsamos a dinastia. É preciso expulsar o espírito bragantino, as ordenações e o rapé de Maria da Fonte.

Contra a realidade social, vestida e opressora, cadastrada por Freud – a realidade sem complexos, sem loucura, sem prostituições e sem penitenciárias do matriarcado de Pindorama.


OSWALD DE ANDRADE Em Piratininga Ano 374 da Deglutição do Bispo Sardinha." (Revista de Antropofagia, Ano 1, No. 1, maio de 1928.)


Quadro: Canibalismo otoñal - Salvador Dalí

terça-feira, 8 de março de 2011

O nascimento carnavalizado


Ó abre alas, que eu quero passar!!


E em pleno Carnaval, nasceu o blog da Casa Warat SP!

Um espaço lúdico, afetivo, mágico, compartilhado, sensível para redescobrimos a cidade que não é feita só de concreto!

Enfim, um espaço para a carnavalização dessa cidade caótica, que tantas vezes nos sufoca e nos esmaga com seus variados tons de cinza. Essa cidade tão recheada de vida e da ausência dela. Que nunca dorme e que parece tão adormecida, anestesiada. Tão repleta de pessoas e de indiferença.

Sim, o blog nasceu no Carnaval, porque essa cidade precisa ser carnavalizada!!

A carnavalização, que "abala ou enfrenta aqueles princípios, crenças ou mecanismos que colocam a razão acima da vida."

A carnavalização, "uma hostilização dos ritos de ordem, provocados pelo rodízio dos papéis simbólicos, a profanação lúdica do que é culturalmente posto como sublime."

A carnavalização, "um jogo que vira o mundo de cabeça, contragolpeia sobre seus centros reguladores de poder, de medo e de hierarquização".

A carnavalização, em que "Os papéis se trocam, tudo fica carnavalescamente invertido, para dar passo, sem pompas acadêmicas, aos fatos da vida e às pulsões vitais."

A carnavalização, "de esperar o inesperado uma súbita inversão lúdica da percepção rotineira e científica da realidade. É como se o mudo se apresentasse for a dos eixos. Uma busca erótica, ludicamente aguçada."

A carnavalização, "uma maneira lúdica de contar a vida. Um espaço para preencher. Um mundo para criar juntando o político ao erótico, e o corpo às significações. Na carnavalização não pode existir um discurso longe dos corpos sem o cheiro dos desejos."

A carnavalização, "uma febre que nos aguarda para a construção de uma nova afetividade. É uma coragem para não engolir mais as idéias velhas. O velho não produz nada, nem o mundo que quer preservar. Ferozmente, o velho contamina o novo de morte."

A carnavalização, que é "ter o espírito desarmado (carnavalizado) para poder incorporar o novo."

Todos os trechos entre "aspas" são, obviamente, de nosso querido Luis Alberto Warat... e é em nome do rizoma que tão generosamente ele criou que mais esta Casa Warat está nascendo...

Sim, é preciso desarmar, carnavalizar o espírito, para se incorporar o novo, para se ressignificar a vida!! Principalmente numa cidade como São Paulo!!

Pode parecer difícil... Mas abre alas, que eu quero passar!!

(continua...)